ASPIRANTADO
Os candidatos sejam orientados para um desenvolvimento dos compromissos batismais e da confirmação, sobretudo através de encontros de oração, catequese bíblica e preparação aos sacramentos. Cuide-se a formação intelectual, a abertura ao diálogo, a convivência, a descoberta dos seus valores próprios, o conhecimento da nossa Ordem e da Família Trinitária, a visão da Igreja local e universal e do mundo atual. Ajudados por um adequado acompanhamento dos educadores, vão discernindo os sinais de vocação e amadurecendo humana e cristãmente (Cf. OT 3; PDV 40).
ADMISSÃO
A vocação religiosa, mesmo que seja um dom de Deus, é fundada necessariamente sobre dotes naturais da pessoa. Os candidatos, depois de terem sido oportunamente acompanhados na procura da vocação, sejam admitidos e sejam objeto de um acurado discernimento das qualidades físicas, psíquicas, intelectuais, morais e espirituais. Além disso, tenha-se em conta também a família e o ambiente dos quais provêm.
AMBIENTE E FORMADORES
A vida do seminário ou aspirantado será regida por um verdadeiro espírito de família, atmosfera indispensável para uma evolução normal da personalidade. Seu gênero de vida, sob a sábia orientação dos formadores mais diretos, com a oportuna colaboração das famílias dos candidatos (Cf. OT 3), seja aquele que convém à idade, ao espírito e à evolução dos adolescentes, jovens e adultos. Neste momento formativo, o acompanhamento pessoal é mais importante que as estruturas organizadoras.
O recurso às descobertas mais acreditadas das ciências humanas pode ser de ajuda válida para um sadio e eficaz desenvolvimento dos candidatos (Cf. CC 78).
PROGRAMA FORMATIVO
É necessário respeitar as características próprias desta etapa da formação, orientada para favorecer um crescimento gradual e equilibrado da pessoa.
a) Dimensão humana
O gênero de vida do seminário ou do aspirantado, para que seja frutuoso em cada um dos aspirantes, deve estar de acordo com a sua idade, tendo presentes as suas características e desenvolvimento pessoais, adaptando-se respeitosamente às suas exigências e capacidades; de modo especial, tenha-se em conta o desenvolvimento e o equilíbrio afetivo e os outros valores humanos fundamentais.
b) Vida espiritual
Reveste um caráter particular, nesta etapa, a formação espiritual. A gradual, ativa e alegre iniciação à oração, à Palavra de Deus, aos sacramentos e à direção espiritual é um dos modos para favorecê-la e incrementá-la. Ajuda muito a promover tal vida espiritual também uma límpida piedade mariana e a devoção aos santos.
c) Vida de grupo
A fim de favorecer a maturação humana e as outras finalidades do aspirantado, é importante criar um ambiente familiar no qual se respire um ambiente de amizade, confiança, entusiasmo, respeito, diálogo, acolhimento e colaboração.
d) Dimensão cultural e intelectual
O programa de estudo, o quanto possível, deve ser o mesmo das escolas públicas da nação, de modo que os alunos possam continuar sem dificuldade, na eventualidade de virem se orientar para um outro tipo de vida (Cf. OT 3). É muito oportuno ensinar métodos de estudo, uso da biblioteca e outras coisas.
e) Testemunho cristão
É oportuno que os adolescentes e os jovens dos nossos aspirantados vão descobrindo a sua dimensão cristã e apostólica, sobretudo entre os seus coetâneos, iniciando-se na prática da catequese e colaborando no serviço misericordioso-redentivo.
f) Aspectos trinitários
Desde o início, o aspecto trinitário deve estar claramente presente nos nossos aspirantados, para dar a oportunidade aos candidatos de perceber gradual e progressivamente a realidade da identidade trinitária, e possam ir assumindo, segundo a sua idade e capacidade, aquilo que nos é próprio. Por isso, os aspirantes sejam informados sobre nossa espiritualidade, história e missão, e se favoreçam seus sinais externos.